Pista sintética ou trilha na mata – qual é o melhor terreno para sua corrida?

Correr nos leva a todo tipo de terreno: afinal, nada melhor do que variar nos desafios! Além disso, o treino ganha eficácia, pois o corpo trabalha mais para se adaptar aos diferentes terrenos.
Mas será que você sabe o efeito dos diferentes tipos de terreno no seu corpo? Vamos dar uma olhada nos terrenos mais comuns e transformar isso em ferramenta para seus treinos.
1. Pista sintética
Prós:
Pistas sintéticas são boas para corridas estruturadas tipo “tempo run” (treino ritmado) e treino intervalado. A superfície, por ser elástica, é perfeita para iniciantes ou corredores retomando os treinos após lesões.
Contras:
Existe o consenso de se correr no sentido anti-horário da pista. Com o tempo, isso pode levar a descompensações musculares. Dica: às vezes, corra no sentido contrário.
Atenção a problemas no tendão de Aquiles:
O efeito rebote da pista sintética é que ela tensiona muito a panturrilha e o tendão de aquiles. Alternar com uma pista de atletismo não sintética pode ajudar com esse problema.
2. Asfalto
Prós:
O asfalto proporciona a condição perfeita para treinos ritmados porque não é preciso dar nenhuma atenção à superfície. Toda passada será idêntica, permitindo propulsão máxima. Fica mais fácil correr num pace rápido.
Contras:
A superfície é dura, o que significa maior estresse ortopédico – cuidado se tiver problemas nas articulações! A escolha do tênis é fundamental para este tipo de pista: escolha um modelo com bom amortecimento.
3. Trilhas na mata
Prós:
Trilhas naturais têm ótimo amortecimento e permitem treinar sem forçar as articulações. São ideais para o uso de técnicas de corrida flexíveis e reativas.
Contras:
A superfície macia pode drenar sua força e reduzir seu pace. Se quiser treinar um pace específico, trilhas não são a melhor opção, apesar de garantirem intensidade alta mesmo em velocidades baixas.
4. Trilhas na montanha
Prós:
Trilhas na montanha são desafiadoras e divertidas porque as condições mudam toda hora. É o terreno perfeito para treinar o contato inicial (foot strike, momento que o pé toca o solo) e a técnica de corrida, ao adaptar seu esforço às variações do solo. Este tipo de trilha também trabalha os músculos estabilizadores profundos e de suporte no esforço feito para compensar as superfícies irregulares e as mudanças de direção.
Contras:
Cuidado, porque é fácil virar o pé neste tipo de terreno. Só corra em trilhas de montanha se estiver com o corpo descansado.
5. Areia
Prós:
Se a areia estiver dura, correr na praia não força as articulações. Se estiver macia, jogue os joelhos mais para o alto, dê passadas mais fortes e use mais força, o que ajudará a aprimorar a técnica de corrida e seu vigor em geral.
Contras:
Correr em terrenos macios é exaustivo – faça intervalos regulares para evitar lesões por overuse. Em corridas longas, o declive natural das praias pode causar obliquidade pélvica. Corra também na direção contrária para evitar esse problema.
6. Grama
Prós:
A grama é o terreno perfeito para correr descalço, o que fortalece os músculos dos pés e aprimora a técnica de corrida. Um gramado bem cuidado oferece o melhor amortecimento que há!
Contras:
Cuidado ao treinar descalço: opte por bons gramados, sem pedras ou vidro quebrado.
7. Esteira
Prós:
Correr na esteira não força as articulações e ligamentos. É uma boa opção para retomar os treinos após lesões ou após um tempo sem correr. Uma vantagem é poder selecionar o pace e a inclinação.
Contras:
Correr na esteira não é igual a correr em ambiente externo. O chão está sendo puxado debaixo dos seus pés, reduzindo o efeito do treino. Além disso, as panturrilhas e os tendões de Aquiles são os mais forçados no impulso com os pés. Isso pode levar a descompensações musculares lesões por overuse.
Lição para levar pra vida: todos os terrenos têm prós e contras. Escolha a superfície mais vantajosa para sua meta de treinamento atual e tente variar de vez em quando para garantir a diversão e o desafio!
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